Organização trabalha com 73.887 itens durante montagem e realização do Grande Prêmio, o que corresponde a 1.500 viagens de caminhão.
Pouco mais de 65 mil pessoas tiveram a oportunidade de ver Sebastian Vettel, Mark Webber e Fernando Alonso no pódio do GP de Interlagos da Fórmula 1 desse domingo (24/11). E para fazer acontecer a etapa brasileira do mais cobiçado evento de automobilismo do mundo, uma gigantesca operação logística teve que ser projetada e conduzida.
A Prefeitura de São Paulo e a Interpro (International Promotions) – empresa responsável pelo evento – e toda uma cadeia de companhias envolvidas tiveram dois meses para estruturar os 73.887 itens exigidos pela Federação Internacional de Automobilismo. De acordo com a organização, essa quantidade de componentes listados corresponde a 1500 viagens de caminhão e inclui ferramentas, partes dos carros, equipamentos, utensílios e uma infinidade de outros itens.
Segundo Claudia Ito, diretora-executiva da Interpro, a maior parte da carga das equipes participantes, cerca de 80%, levou três dias para chegar ao Brasil e ser alocada no autódromo.
"No dia 17/11, a F1 fez a penúltima corrida do ano em Austin, Texas (EUA). Na quarta, 20/11, os carros já estavam sendo montados em Interlagos. Há, entretanto, cerca de 20% do total que vem por via marítima. Esse material leva cerca de 20 dias, desde a origem, para chegar ao autódromo", conta Claudia.
Em relação às dificuldades impostas pela própria infraestrutura da cidade de São Paulo, a executiva da Interpro ressalta que a colaboração da Polícia Rodoviária Militar e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) no transporte das cargas desde o aeroporto de Viracopos (Campinas) até o autódromo também foi crucial para amenizar os principais entraves para a realização das operações. "Sem esse apoio, seria muito difícil conduzir o comboio de caminhões rumo a Interlagos. Seria um dos maiores entraves a ser enfrentado".
Apesar de não haver uma estimativa exata do peso total da carga geral, ao todo, são seis aviões Boeing 747 cargueiros que efetuam o transporte aéreo. Cada aeronave tem capacidade de carga de até 148 toneladas. No Brasil, a Célere Logística é a empresa responsável pela operação logística interna. As operações logísticas internacionais são responsabilidade da DHL desde 2004. Os serviços prestados pela DHL à Fórmula 1 incluem o envio de cargas expressas, frete marítimo e aéreo, despacho aduaneiro e tratamento especializado em circuitos de corrida.
"As forças complementares de logística DHL e divisões expressas tiveram o desafio de garantir o transporte de diversos itens de valor como carros de corrida, equipamentos de transmissão e combustível para os 19 locais de corrida em cinco continentes, dentro do prazo estipulado", afirma o CEO da DHL Express Brasil, Joakim Thrane.
Para Claudia, o destaque desse processo logístico é o know how da Formula One Management e das empresas que fazem todo o transporte sempre com muita rapidez.
"A logística é crucial para que a Fórmula 1 possa realizar duas corridas no espaço de uma semana. Assim que a corrida termina o trabalho começa a ser feito com a maior rapidez, mas sem perder a eficiência. E no desembarque da etapa seguinte é a mesma coisa", destaca.
Ao todo, o "circo da Fórmula 1" conta com cerca de mil pessoas envolvidas no processo de montagem e realização de cada uma das etapas do campeonato.
Fonte: transportabrasil.com.br